sábado, 13 de março de 2010

Decálogo

O decálogo constitui um conjunto de Leis morais traçadas por Deus para a boa conduta de seu povo. São mandamentos em que a humanidade é chamada a moldar o seu comportamento de acordo eles. Mas não se trata de uma Lei escravizadora ou algo que gera a morte. Quando Paulo fala em II Co 3: 7 do “ministério da morte”, falava da forma como a lei era compreendida pelos fariseus, de maneira legalista e pesada (Mt 23:4). A lei de Deus não é uma escada pela qual laboriosamente subimos, esperando um dia entrar no céu e sim verdadeiramente a “lei da liberdade”(Tg. 2:12) que é baseada no amor por seu povo com o intuito de nos auxiliar a evitar erros insensatos e um sofrimento sem fim.

1º Mandamento

“Não terás outros deuses diante de mim.”

Esse mandamento é a marca característica do povo judeu, o monoteísmo. Além disso ele expressa o amor de Deus para conosco, é uma advertência motivada por uma profunda preocupação. Sua mensagem é: Não entregue sua lealdade e devoção a “deuses” que na verdade não são deuses. Não conceda um lugar supremo na sua vida a algo ou alguém que, no fim, só irá desapontá-lo e machucá-lo. Deus sabe que o vazio do homem é do tamanho dEle e que as tentativas do homem de preencher esse vazio com outros deuses(no tempo dos apóstolos Baal, Diana, entre outros, e no nosso tempo sexo, alcoolismo, drogas, dinheiro, fama... ) sempre serão frustradas e trarão sofrimento e dor.
Porém, rejeitar os falsos deuses e denunciar o seu culto não é o suficiente. Precisamos substituir seu culto pela adoração ao Deus do Céu, caso contrario nos tornaremos como os hippies que trocaram os valores falsos do materialismo(deuses do nosso tempo) e não substituíram por nada. Na verdade trocaram uma forma de egoísmo por outra.
A adoração bíblica é uma atitude do coração. É uma disposição e uma decisão de dar a Deus o primeiro lugar em nossas vidas. Muitas pessoas que instintivamente crêem na existência de Deus não chegam ao ponto de torná-lo o primeiro em sua vida. Mas esse é o único lugar que Ele pode ocupar se de fato for Deus. Por isso esse mandamento vem em primeiro lugar, pois se o este mandamento não for verdade em nossas vidas todos os outros serão apenas regras morais que não têm poder maior que o de outras boas idéias.

2º Mandamento

“Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos.”

O segundo mandamento nos previne contra dois erros.
O primeiro é de não tornar Deus menor. Fazer imagens que represente Deus é inevitavelmente reduzi – lO à dimensão de um conceito meramente humano e falho.
O segundo é nos prevenir contra a idolatria. A idolatria trás conseqüências negativas somente ao idolatra, o texto de Romanos 1 : 23, 28-31 fala claramente dessas conseqüências. O salmo 115:8 diz “A eles se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos os que neles confiam.” Os ídolos causam influência sobre os adoradores. E essa má influência é passada por gerações (“sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam”). O zelo, ciúme, de Deus é diferente do humano, pois o humano é egoísta mas o de Deus é em favor do seu povo “E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos”.

3º Mandamento
“Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.”

Quando falamos da família Reis na Primeira Igreja Batista, o que nos vem a cabeça? Que é a família de cantores da PIB. Com suas vozes belíssimas alegram toda a igreja e certamente a Deus ao cantarem lindos louvores ao Pai. Se algum dia aparecesse uma pessoa desafinada entitulando-se um Reis, o que diríamos? Certamente saberíamos que este estaria mentindo. Ele estaria difamando o nome da família Reis pois as suas características não estariam compatíveis com as características da família.
Quando aceitamos a graça de Deus em nossas vidas passamos a ser chamados pelo seu nome. Fazemos parte da família de Deus. Isaias 43:1-7 diz:
Mas agora, assim diz o SENHOR que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu. Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque eu sou o SENHOR teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; dei o Egito por teu resgate, a Etiópia e a Seba em teu lugar. Visto que foste precioso aos meus olhos, também foste honrado, e eu te amei, assim dei os homens por ti, e os povos pela tua vida. Não temas, pois, porque estou contigo; trarei a tua descendência desde o oriente, e te ajuntarei desde o ocidente. Direi ao norte: Dá; e ao sul: Não retenhas; trazei meus filhos de longe e minhas filhas das extremidades da terra. A todos os que são chamados pelo meu nome e os que criei para a minha glória, os formei, e também os fiz.
Passamos a ser chamados pelo seu nome e a gozar dos privilégios da sua Família. Somos herdeiros Seus em Cristo. E o que seria tomar o nome de Deus em vão?
Tomar o nome de Deus em vão é dizer que somos filho ou filha de Deus e continuar com a mesma vida de antes. Significa adotar esse santo nome sem experimentar uma genuína mudança em quem somos .

4º Mandamento

“Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.”

Deus disse que o homem precisa santificar um dia da semana. Deixar de fazê-lo resulta em sofrimento para ele.
Nós somos apressados demais, e corremos mais do que podemos. A Bíblia nos diz: “Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus.” A verdadeira beleza não é agressiva, é tranqüila. Nossas melhores disposições não são barulhentas. Os apelos da divindade ao homem são sempre em uma voz mansa e suave. O retrato que o Novo Testamento nos dá de Cristo é: “Eis que estou à porta, e bato, se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo.” (Ap. 3:)
Deus concedeu esse descanso ao homem, em primeiro lugar, como recompensa pelo seu trabalho. Quem trabalha merece descansar. Quando ignoramos este dom de Deus estamos lesando a nós mesmos.
Em segundo lugar, Deus nos proporciona um dia de descanso porque todos precisamos refazer nossas energias espirituais. Assim como se constroem telescópios para se obter uma visão melhor dos astros, assim também, desde os primórdios da civilização, os homens vem dedicando um dia certo ao culto, a fim de obter uma visão melhor de Deus e dos ideais mais elevados da vida.

5º Mandamento

“Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá.”

Mais uma vez vemos o amor de Deus expresso em mais um mandamento. Este mandamento nos fala da base de todos os relacionamentos de nossa vida. Deus nos manda honrar aos pais porque essa relação é um sólido alicerce para o bom êxito escolar, no trabalho e até no Casamento. Isso quer dizer que uma relação saudável com nossos pais é a base de bons relacionamentos, paz mental e sucesso ao longo da trajetória da vida.
E essa honra deve ser, acima de tudo, um exercício da vontade livre, uma decisão racional de adotar uma atitude que resulte em bons e agradáveis relacionamentos com nossos pais e não uma aquiescência automatizada para com a autoridade.
6º Mandamento
“Não matarás.”

Qual a diferença entre um gato e um tigre? O tamanho. Analise o comportamento do primeiro, desse “dócil” animal, com os peixes de aquário ou os passarinhos que pousam no quintal que você verá que a sua agressividade é idêntica à do segundo.
O sexto mandamento nos adverti para que não sejamos tigres com cara de gatinhos. Quando Jesus falou a cerca do sexto mandamento ele disse: o seu tamanho não importa; se você tem a mente e o coração de um tigre, você é um tigre. Em Mateus 5:21 e 22 diz:
Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.
Este mandamento nos remete não apenas o não matar fisicamente, mas a não tentar nada contra o próximo, nem mesmo na mente ou no coração. Ele nos remete, ainda, ao amor não só ao amigo, pois ninguém tentará mal a um amigo, mas aos que nos perseguem. Nisto estará a nossa diferença como servos de Deus.

7º Mandamento

“Não adulterarás.”

No sétimo mandamento Deus nos alerta contra um erro grotesco. O adultério, ou traição, é uma violação dos votos matrimoniais que são instituídos por Deus “Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” Gn2:24. A quebra desse mandamento é semelhante a quebra algo muito valioso e muito frágil. Um relacionamento conjugal leva muito tempo para ser construído e pode levar apenas algumas horas para sofrer um dano que muitas vezes é irreparável.
Deus com este mandamento tenta nos prevenir de um erro que pode gerar uma amputação.

8º Mandamento
“Não furtarás.”

Furtar é tomar para si algo que não conquistou, que não era seu por direito. Qualquer ato de desonestidade se enquadra perfeitamente nesse conceito.
A primeira prescrição bíblica contra o furto aparece em Gênesis 3:19 : No suor do teu rosto comerás o teu pão. Deus recomendou ao homem que conquistasse pra si o que fosse preciso para sua vida com o trabalho. Furtar, além de todos os males gerados na vida do próximo, é também quebra do princípio divino do trabalho que é uma benção para o homem pois alivia o estresse e acrescenta anos à vida, boa saúde ao corpo e paz à mente.
9º Mandamento
“Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.”

O mandamento diz: Não mentirás! “O que há de tão errado com a mentira?” pergunta o mentiroso. A resposta está no texto de João 8:44 que diz: Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.
O nono mandamento nos diz para assumirmos um compromisso com a verdade.. A palavra verdade é a tradução da palavra hebraica emeth que não é meramente a percepção que alguém tem das coisas; é a natureza intrínseca das coisas com são. A verdade é essência de Deus que é aquele que diz: “Eu sou o Eu Sou”. Deus é a própria realidade, a própria verdade de tudo. Quem profere mentiras contra o próxima vai de encontro com o Deus que é o caminho, a verdade e a vida.




10º Mandamento
“Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.”

A cobiça é o amor fora de proporção, fora de equilíbrio e fora de lugar. Significa colocar nossa devoção em “coisas” – dinheiro, sucesso, fama – e transformá-las no centro da nossa existência, crendo que são fundamento sobre o qual construímos a felicidade. As coisas se tornam mais importantes do que as pessoas e suas necessidades.
O segundo mandamento(que fala da idolatria) nos adverte a não tornar as coisas mais importantes que Deus, enquanto o décimo diz que não devemos torná-las também mais importantes do que as pessoas.

Um comentário:

  1. desde aquele dia, so hoje q lembrei de ler...
    mas valew... mto massa!
    Deus te abençoe

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